“O adultério da mulher é um gravíssimo atentado à honra e dignidade do homem" - quando esta é a opinião dos nossos tribunais
Continuamos a viver numa sociedade em que a mulher não se pode comportar da mesma forma que o homem, apesar de ambos terem as mesmas necessidades. E apercebemo-nos de como isso continua presente na nossa sociedade quando um juiz decide não acusar um homem que espancou a mulher quando descobriu que esta tinha um amante.
Acham que esta decisão é apropriada? Todos temos opiniões diferentes, mas quem decide o que é ou não normal nestas situações?
Voltamos à eterna questão... um homem pode cometer adultério e estar com várias mulheres que é considerado um garanhão, mas a mulher quando faz o mesmo é logo criticada e julgada pela sociedade. Porque é que continuamos a pensar desta forma?
A mulher não pode trair que o homem fica ofendido, então e quando a situação é ao contrário? E quando na relação é o homem que trai? A mulher tem de aceitar este comportamento como natural?
A traição pode não significar nada, como pode ter muito significado. Os homens vão atrás do desejo sexual, da emoção física. Já as mulheres fazem-no porque falta alguma coisa na relação. Os homens são capazes de manter uma relação sem qualquer significado emocional, a não ser o de puro prazer e satisfação. Pelo contrário, é muito difícil para as mulheres ter relações sexuais com alguém e não criar uma ligação emocional.
Quando a outra pessoa da relação descobre só posso imaginar o sentimento de mágoa e tristeza. Acredito que depois se torne difícil voltar a confiar nas outras pessoas, mas isso não justifica o comportamento deste marido para a esposa e muito menos justifica a decisão do tribunal em lhe dar razão. Desta forma, qualquer dia a mulher não pode partir um prato que leva um excerto de porrada.
Esta decisão só nos mostra que a sociedade apenas está a evoluir no que toca à tecnologia porque de resto parece que as pessoas estão a ficar cada vez mais retrogradas.
São pensamentos deste género que não deixam a sociedade avançar.